Ontem caí de rastos na terra,
com a morte aberta na mão
chorei com a chuva
sobre o rio que me leva...
chorei a morte de uma paixão,
fim de uma guerra.
Pelas lagrimas de prata
ergui o meu rosto lavado
percebi que batalha nenhuma
é celebrada, não sendo pela conquista.
Compreendi a loucura de meu pranto,
esmaguei a dor entre os dedos,
levantei-me e sorri.
O nascimento veio entretanto,
num silvo agudo
liberado por um passaro
que planando abre as planicies
e sobre as serras se esvai,
tela de seda em liberdade...
Apanhei o seu voo intenso
levantei sobre o nevoeiro denso
e as águas do peito vazaram.
1 comentário:
venho cá e redescobro os teus textos..talvez porque so na sensação certa passem a fazer sentido, não sei bem...bigada por me fazeres redescobrir! *
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