Fechado entre as quatro paredes deste corpo,
alheio ao nome que me foi dado,
deslocado no mundo e por ele apaixonado.
Quem sou, em cada fragmento dos momentos?
Eremita.
Inaudito viajante,
percorrendo léguas de hoje a hoje,
desvendando em cada hora a novidade,
manto negro esvoaçante
sobre um corpo sem idade.
Estranho ser que em mim habita,
autor da nobre palavra erudita
que por mal de sorte ou azar,
ao eu que nada sabe
lhe cabe pronunciar.
2 comentários:
Estranhos que habitam uma embalagem... a eterna procura da auto-definição, do enquadramento... a piada é descobrir cada uma das facetas que nos habita :) Loucos controlados...
Lindo o poema
BJoka
Não definir o "eu" , não questionar ... viver apenas o hoje de todos os dias.
Beijito.
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