Vejo-te cravar estacas nos olhos
para cegar uma interna vontade...
Mas, frustrado, choras o sangue
da morte, esvaíndo a tua liberdade.
Cansado, bebes as lágrimas
que a dor te está a roubar,
enquanto te diluis nas cinzas
da cidade que te vai queimar.
Eu não quero mais ser pago
para sustentar a sobrevivência,
não quero dar força à máquina
que me instiga a impotência.
Conhece quem te castiga
pelo delito de haveres nascido,
une-te à força de quem está vivo
e destrona o teu inimigo.
(incompleto)
3 comentários:
Vilinha,
o teu regresso foi em grande!
Beijinhos.
Quantas vezes não cravamos estacas nos olhos, no coração e na alma para fugirmos ao que não queremos ver...
Lindo!
BJokas
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