sexta-feira, 16 de maio de 2008

Poeta maldito

Ai de mim, poeta maldito,
nas horas de sôfrego escárnio,
em que trôpego riso aflito
se constrange em dôr imoral.

Morte e pesar
no nascimento dos tempos,
momentos de amar, cirandantes,
que me iludem, delirantes,
aquando de os ter presentes.

Sentimentos inocentes,
fortes ventos,
turbilhão sensitivo
de tudo o que almejo.

Sinto o sangue no sexo,
elevando o desejo,
de te tocar com amor indecente.

Mas pensas demais,
e eu amo demais.

Quero deixar de sentir,
para simplesmente foder
e não ter de rir e chorar
e sofrer.

3 comentários:

Secreta disse...

Deixar de sentir é impossivel. Mas , entendo esse teu querer.
Beijito.

A Respigadeira disse...

Adorei, adorei!

Beijinhos.

sonjita disse...

Então?!!! Andamos ocupados com o lançamento do livro?
BJoka

P.S. Mais um belo poema