Hoje vivo numa alegria pálida,
Feita de silêncio.
Sozinho em silêncio.
A mim mesmo não me assusto,
Conheço-me demasiado bem...
Não fujo, fujo de mim.
Mas o mesmo conhecimento que levo de mim, faz-me temer.
Levo uma cortina à frente do olhar
Que me não deixa ver a verdade que julgo conhecer.
Verdade parida no útero da vontade.
Prostituta.
Acertiva nos dias sim, poderosa.
Mórbida nos dias não,
Ténue de tão eternamente cambiante.