quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Na sombra da noite

A noite bebe-me o sangue
anestesiado pelo sabor da vacuidade...

Os dias escorrem na ampulheta da sorte
e grão a grão anunciam a morte…

Sinto saudade quando a solidão chega
para me consumir a alegria
e nostalgia dos raios de sol
a brilhar por detrás das folhas
de uma árvore antiga…

– A árvore nossa amiga –

que acolhia os nossos sorrisos
repousados na brandura inocente
dos seus largos braços
de tão fácil (e efémero) acesso...
holográficamente…

A nostalgia arrasta-se comigo e com a cidade.
E enquanto caminho sinto na boca
a insipidez da vacuidade.

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