Faleceu a minha veia poética.
Morreu pálida, exangue e mirrada.
Se tivesse sido uma chama,
Ter-se-ia extinguido, mas não,
Era apenas uma pequena veia poética
Que existia junto ao meu coração romântico.
Antes de a não voltar a ver,
Presenciei o aspecto do seu rosto:
Uma criança muito branca, feliz,
Dentro de um caixão ebúrneo, fulgente.
De olhos fechados, como um anjo
Eternamente distante.
Despedi-me dela
Com um beijo na testa.
E nos meus lábios, para sempre
Se há-de manter viva a memória sensitiva
Da sua pele fria,
Que me enregelou o sangue e as veias.
(Em memória do pequeno Pedro)
2 comentários:
Triste... apesar do poema ser lindissimo.
Passei para deixar um beijinho. ando um bocadito desaparecida, mas costumo vir cá ler os teus poema. Não tenho é tempo de os comentar :-(
Triste, realmente triste... mas é nestes momentos que sai o melhor de nós.
Espero que a tua veia esteja simplemente adormecida num qualquer recanto de ti
BJoka
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