Ao inspirar profundamente,
uma mão de ferro
esmaga-me a coluna vertebral
entre as omoplatas.
É a força da responsabilidade
sobre a respiração,
que me deixa o peito e os olhos turvos,
encobertos pelas nuvens de tempestade.
Não vejo o sol.
Não sinto o batimento cardíaco,
tão leve e silencioso
como os passos da morte.
E a angústia,
e o tremor do estômago
esbatem as cores da minha vida,
longínqua e vergada
pelo peso de oito horas...
2 comentários:
Vilinha,
ao ler as tuas palavras inspiradas, senti medo, medo de agir perante algo. Fiquei a divagar sobre que acções deveria o Eu poético realizar e não consegue. O medo tolda-nos a vista e bloqueia o coração, a mão de ferro deve ser derretida pela Força da acção.
Que poema forte!!!
Tornar leve a respiração, torna, a nossos olhos, nossa responsabilidade símples porém firme.
Lindo poema!
;-)
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