quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O regresso

Olá amor,

Bem-vindo de novo a esta casa.

Depois de todo o tempo

Que passamos sem nos ver,

Sinto-te como na primeira vez…

Mas não,

No fundo eu bem sei

Que nunca nos separamos realmente.

É como se ambos

Tivéssemos estado nos mesmos lugares,

Do outro lado da rua,

Separados pela pressa das horas,

Ou pela abstracção das rotinas.

Curiosamente foi num lugar distante

Que nos voltamos a encontrar,

Na frescura dos sentidos

Em que as viagens nos envolvem.

Vem amor, abre a porta,

Areja esta casa com o teu viço e alvor,

Deixa entrar esta mulher que me quer bem.

E podes contar comigo para a arrumar todos os dias,

Porque quero que aí brilhes como o sol,

Em toda a nossa vida.