terça-feira, 22 de abril de 2008

Lâminas...

Lâminas que me ferem a pele... 


Sinto o fino metal cortando a carne,

esvai este sangue garrido,

como uma seda.


Esvai pelo chão, dissipando-se.


E eu,

fecho-me em fria nudez 

sobre o umbigo.


Desamparado no chão frio,

lavado pelo sangue arrefecido.

Gelado.


Tremor no estômago,

amarga dôr do medo...


Lâminas

são as horas eternas,

estagnadas na ânsia de te ver novamente.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

a força

Vejo-te cravar estacas nos olhos

para cegar uma interna vontade...

Mas, frustrado, choras o sangue

da morte, esvaíndo a tua liberdade.


Cansado, bebes as lágrimas

que a dor te está a roubar,

enquanto te diluis nas cinzas

da cidade que te vai queimar.


Eu não quero mais ser pago

para sustentar a sobrevivência,

não quero dar força à máquina

que me instiga a impotência.


Conhece quem te castiga

pelo delito de haveres nascido,

une-te à força de quem está vivo

e destrona o teu inimigo.


(incompleto)


a ultima dor

Não é simples sorrir

quando o mundo se contém

numa noite escura que vem 

para tudo denegrir.


E o resto de alegria 

que eu guardava para o dia 

em que outro amor 

me fosse curar a ultima dor 

que o sentir me fez sofrer,

agora está a adormecer.


Não é coisa boa este olhar

que por vezes me queres cravar

para que a dor me faça cair

no sono que te faz dormir.


Eu vou-me erguer da cama

que me quer guardar da vida

no conforto dos teus olhos, 

hipnose de tristeza sem saída.


Não quero mais estar preso

ao amor que nunca deu

paixão sem lume aceso

cinzas de uma noite que morreu.


Mas não posso negar a raiva

do beijo que não dei, e se faz doer,

curar o sangue eu bem tentei

mas tu também não me consegues ver.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Musica...

Ultimamente tenho-me virado para o outro lado de mim...








www.myspace.com/terradovila
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