Lâminas que me ferem a pele...
Sinto o fino metal cortando a carne,
esvai este sangue garrido,
como uma seda.
Esvai pelo chão, dissipando-se.
E eu,
fecho-me em fria nudez
sobre o umbigo.
Desamparado no chão frio,
lavado pelo sangue arrefecido.
Gelado.
Tremor no estômago,
amarga dôr do medo...
Lâminas
são as horas eternas,
estagnadas na ânsia de te ver novamente.