sábado, 7 de março de 2015

Sou poeta

Sou poeta porque escrevo
as brancas palavras que assomam
na textura da folha limpa em relevo
memórias de amores que me assombram

E que de certa forma me perseguem
sonhos erotismos pesadelos
lacunas que em meu peito ardem
no rubor da madrugada meus anelos

E depois na exaltação das alvoradas
volúpias que por vida adentro enaltecem
a matiz das ambições que me preenchem
escritas em versos de canções embriagadas

Saudade amor ou possessão
esvaídos em lágrimas incessantes
que escravizam os meus dedos petulantes
na sombra das noites a maldita solidão.