sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Framboesa...

Depois de ti é nada,
O vazio apodera-se de mim,
Poetica emoção...

As cores submergem
Num triste monocromatico
O pensamento fica estatico,
Deprimido por ser ilusão
Esta visão do teu rosto.

Depois de ti é o deserto
E a morte à espreita,
A sede dissecada,
Areia quebrada,
Delírio, imagem tropical,
Frutos, cachoeiras...

Doce fruto sumarento,
Agua cristalina, profundo azul.
Arvores de braços abertos,
Folhas verdes tapando o sol
Que brilha de esgueira.

Doce amor profundo,
Leveza do ser,
Voo na brisa ligeira.

Contigo vejo flores no passeio
Das ruas urbanas.
A vida é vida,
A luz, presente,
O ruído, distante.
Contigo é ser, estar e amar.

Acalmas esta minha ansiedade
Que por vezes me atormenta,
Exaltas o melhor de mim.

Na tua presença
Não ha necessidade,
Ha um querer estar,
Consciente, presente,
Pura vontade.

Não ha paixão,
Não ha confusão,
Ha verdade,
Intensamente, verdade.

domingo, 12 de agosto de 2007

Dualidade

Arame farpado,
óleo de motor usado,
perdizes no campo de tiro,
origem do mal...
Ouro contemporâneo,
recrutas marchando,
abençoada paz irradiante...

Pássaros cantando,
montes verdejantes,
fontes e lagos brilhando,
o rio crescendo
desemboca na eternidade,
sol laranja poente,
futura manhã a nascente.

Dualidade divina
minha vida terrena,
dança de voltas trocadas
e no olhar a certeza
da vontade profunda.

No andar a atenção focada
sobre a luz do peito flamejante.
No passado manchadas as feridas
caderno de um jovem estudante,
paginas de lições vividas.

Quanto por querer,
paixão sem final,
amor divino,
sexo feminino,
manancial.

Ouro e perfume

De prantos escondidos,
Solidão de pureza
Procurando o abrigo
De quem a quer,
De quem a leva.

Por caminhos desleais
O ser se esvai…
Transcorre no peito
A exaustão do humor,
A ilusão.
Tensão muscular,
Perdição cerebral,
Quem sou eu afinal,
Esvaído,
Qual lago de sangue,
Quem sou eu afinal?

Procuro apenas a verdade,
Apenas um algo...
Algo que não sei se existe.
Quem sou eu no final deste poema
Que desemboca em mar eterno,
Oceano de duvidas, incertezas,
Oceano de possibilidades.

Ouro e perfume
Afinal,
No final…
Maçãs podres…

Qual é a diferença
Por quem me dou,
A quem me entrego…

Ouro e perfume
Labaredas de amor
Sou o esplendor e a vida,
Sou quem sou.

Sou ser vivo,
Simples sou,
Eterno e potente,
Ouro e perfume,
Brasas e agua,
Chuva de caos
Sou eu.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Magia...

Quero-te por querer…
Apaixonar-me,
Deixar-me ir... dançar…
Pezinho de voo arabesco…

Quero-te por querer
Submergir no que somos,
Inspirar profundo
Um sentimento vadio…

Tenho o teu silêncio,
Foi lá que nasci,
Tal como tu.

Tal como o teu sorriso,
Foi lá que eu sorri.

Tenho-te comigo!