terça-feira, 27 de março de 2007

Exaltação

A permanente possibilidade da morte
Deixa um rasto de alegria
No caminho terreno da jornada,

É por conhecer o perigo
Que a vida tem sentido;

E basta um ínfimo,
Para o ponto final ser colocado.

Mas não é por conhecer o risco
Que vou caminhar devagar,
Pelo contrário,
Quero correr!...

Quero correr na corda bamba
Enquanto ela ginga,
Saltar no ponto mais alto
E saber que tenho mais vida…

Quero erguer as mãos no pico
Da maior montanha e gritar,
Gritar bem alto:

É preciso lavar a cara na chuva
Amando cada gota,
É preciso sofrer na queda
Mas querer voar de novo!...

E ouvir o eco…

terça-feira, 6 de março de 2007

A verdade...

A verdade deste amor que sinto
é este amor, que eu sinto.

A verdade é que eu corro
assim como o que em mim fica
e enquanto estou parado,
o visionamento condicional
faz-se incondicionado...

É como um raio na luz,
verdade que não sobressai
enquanto se inscreve a beleza.

É como pedir a um pobre
que tire o mundo de um bolso,
com um sorriso nos lábios,
antes de caír no sono.

Quando eu tinha 20 anos...

Tenho uma especie de blog no livejournal e ja lá não ia havia muito tempo (Ver no link jornal do vilinha). Descobri lá um texto de apresentação muito engraçado, que me trouxe muito boas memórias e diz assim:

Boas... O meu nome é Vitor... Tenho 20 anos, vivo em gaia, trabalho no porto, paro em espinho... Gosto muito de arte... e escrever é algo que ja faz parte de mim, escrevo sempre, porque axo que ha sempre algo para ser escrito... Toco bateria e tenho umas bandas de amigos, onde me liberto e me sinto eu mesmo... O meu sonho é viver da música e/ou da escrita. Ando um pouco a descobrir a liberdade e a vida da cidade... Um dia hei-de ir para africa e ficar lá durante um bocado, outro dia hei-de ir para o campo, numa aldeia na montanha, talvez em andalusia, não sei bem, e nessa altura vou ter umas cabras e e umas vacas e uns cães e uns gatos etc... sempre sonhei estar no monte sentado numa rocha, a olhar as cabras e as ovelhas e o céu, e toda a natureza, enquanto escrevo, talvez um poema... talvez um texto de prosa... n sei bem... espero eu... A minha estrela, é o Sol... sou muito influenciado pelo sol, a minha estrela da manhã... Ah, sou leão, um leão muito sensível... mas claro, bem disposto e sempre positivo, ou quase... até porque um poeta tem sempre aquele bichinho da solidão que por muito triste que seja é lindissimo... Espero poder partilhar com alguém a minha poesia e por aí... Ah falta-me falar do Tom Sawyer, que é o meu personagem preferido, de sempre... até tive uma casa não era bem na árvore, mas era um celeiro daqueles que ficam no alto... estava abandonado e eu e os meus amigos iamos para lá... ainda me lembro dos raios de sol a entrar pelas frestas da madeira velha... era lindo... tinhamos uma árvore nossa amiga (era mesmo este o nome)... hai ai... e roubar maçãs, brutal... Bom este é um bocadinho de mim... um grande abraço para todos... e claro, sol para todos...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Caminho de ferro

Estes carris de ferro que trazem alegria,
Escondem momentos belos, inesquecíveis.
Conhecimento, apresentações,
Descontrolo e emoções,
Tudo misturado num devaneio de sensações.

Comboio que vieste de um mundo
Que não é o meu,
Mundo demasiado fantástico,
Trouxeste-me flores carregadas de sonhos,
Possíveis amores que me fazem voar.

E palavras foram ditas,
Como melodias suaves cantadas por deidades.

Agora procuro na estação
Que voltes aos carris de lembranças.
Quero ver-te de novo a marchar
E relembrar essa longínqua sensação.