quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

De novo a paixão...

O meu coração lateja
só por te querer
a minha alma flameja
mesmo sem te ver.

Negas-me um encontro
e falas com carinho
brincas mais um pouco,
das-me um sorrisinho.

Não sei o que me fazes
mas tens-me entregue.

Desejo-te ardentemente...

AAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!
Malditas palavras!!!

Como posso expressar isto que sinto
num verso quadrado?

Preciso de liberdade,
preciso de amar,
dás-me vontade de rebentar
estas quatro paredes limitadoras.

És bela
És doce,
Sensual.

palpita o meu instinto animal

estremece o chão à passagem desta vontade.

És muito mais ainda porque és apenas uma projecção
daquilo que de ti desejo.

Mas se fores o que mostras ser,
então eu nasci para te envolver,
para te abraçar.

já gastei as palavras,
toda a minha sensibilidade em poesia.

Desespero pelo tempo que me fazes esperar,
desespero por te querer.

Mas estou-me a auto-superar
ainda não desisti,
pacientemente te procuro,
ternamente te contenho
nas palavras que apuro,
sempre, antes de enviar.

Vem princesa,
tenho todo o mundo para ti.

Nós...

Belo como nos expressamos, com similitude.
Belo como sentimos dor amiúde,
dor do amor ausente e da vida presente...

Belo como exaltamos sentimentos, poeticamente.

Belo como o poeta é um fingidor...

Magnânime a palavra, pintada, divinizada, feita poesia.

Solidão... (secreta alegria) de como ninguém nos entende.

Gostava de te conhecer.
Quiçá um dia…

Para trocarmos sonhos por sorrisos,
Dor por alegria.

Caminhando

Passo a passo vou-me realizando.
Sou mais, hoje, do que fui algum dia.
Tenho motivos para sentir alegria,
porquanto, passo a passo, vou caminhando.

E o meu sonho vai-se aproximando,
não me posso queixar,
tenho tudo o que, por hoje, posso ter,
do que tenho para querer,
tenho solas para andar.

E ganho músculo, sou mais forte,
ao meu ritmo venço a morte,
desaproximo meus passos do mundo.

Tira-me da cegueira,
andar vagabundo,
progressivo afastar da cadeira,
processo de individuação.

Cada vez sou mais eu mesmo,
Auto-expressão da exaltação.

Mas é por este andar
que vejo, passo a passo,
a solidão na esteira do meu alcançe.

E a sombra de esgueira que enaltece
na medida da luz que almejo,
na medida do amor-desejo,
enquanto a vida acontece.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Desejo...

Nunca te vi,
mas sinto falta de ti.

Do teu beijo envolvente,
teu olhar penetrante,
do toque apaixonante
da tua pele quente.

Nunca te abracei,
mas a saudade corroi o meu peito.

Fazes-me falta.
De que me serve a liberdade?
Não quero voar sozinho.

Prefiro ser pequenino, um passarinho
aprisionado no teu calor.

Sou viciado neste sentimento,
ressacado do teu amor-arrepio.

Não te conheço,
mas vem depressa,
vem hoje porque está frio.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Motivos...

Procuro ao escrever o facto,
no orgulho da demência,
chão de pedra, maledicência,
andar-odor putrefacto

desta excelsa envolvência
em conhecimento abstracto,
má projecção-artefacto
numa dissoluta essência.

Falta faz sentir o acto,
saudade desta ciência,
pedra rara duma ausência,

outro cravo neste pacto,
rara dor leve inocência.
Mar-amor, momento exacto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Materialização...

Olá a todos...

Venho comunicar aos leitores deste blog o motivo da minha ausência:

A partir de Maio, grande parte dos poemas deste espaço, entre outros, serão publicados em livro, pela editora corpos, e estará à disposição do publico nas livrarias pelo preço de 16€... 
Peço desculpa àqueles que têm sentido a falta destas palavras, mas tenho andado ocupado a organizar os preparativos. Brevemente espero voltar ao meu ritmo habitual de publicação cá no blog.

Um abraço a todos e um muito obrigado.
É por vocês que materializo as minhas palavras.

:)

*

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Os três tempos de um compasso ternário...

A melodia nasceu vazia,
preenchendo o espaço
a medida que se movia
nos cerros e planos do traço.


O deambular sorumbátco
de um valor subterrãneo,
descrente de ambiguidades
inconvenientes, preserverou
sobre o compasso intermédio,
num andamento expressivo.

Exumado, mais tarde,
o conhecimento deliu, aéreo,
abreviando a consciência
numa temática idónea,
com o seu invólucro gasto,
assentado no silêncio.