quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sufoco

Solta-se um sopro de ar entre a ramagem.
E eu que não quero escrever.
Não sei mais o que dizer ao mundo.

O tempo solta-se como um sopro de ar,
brisa fresca de embalar... em viagem.

Aproxima-se o novo,
aproxima-se o sonho.

E eu que não sei onde estou,
fechado entre as quatro paredes
de um esforço-sobrevivente.

Aproxima-se a vida.
Já lhe sinto o cheiro!

Pena não a poder ver, atrás da multidão-nevoeiro...
E o seu retrógrado andamento ansioso.

Esfaimada passagem sobre um cego presente,
para um horizonte vazio e distante. Doloroso.

Pena o mundo continuar rodando.
Quanto cansaço suporta (chora) esta gente.
Queremos descansar!

Eu quero descansar, mas caminhando.

3 comentários:

sonjita disse...

Às vezes o nevoeiro não nos deixa ver o que se avizinha... mas depois, quando menos esperamos, vem um raio de sol que dá sentido à vida!
Lindo...
BJoka

P.S. Que tal correu o lançamento do livro?

Unknown disse...

Outro grande poema!

Beijinho

Secreta disse...

Eu também quero descansar. Não sei é se quero continuar a caminhar ...
Beijito.