segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Oração ao sagrado feminino

Quero saber... Saber quem és. Olhar o fundo do teu ser, reconhecer aquilo que também existe em mim, aprender aquilo que é nevoeiro condensado sobre a visão que distingo, construir um universo diferente e novo... Quero saber.

Sei quem podes ser. Quando sonho acordado vejo aquela parte da vida que brinca também. Que luta também, na participação desta grande construção criativa. Vejo a parte da vida que transportas contigo, no peito, nos olhos, nas mãos... Sinto a criatividade que a tua presença preserva, envolvida nesse invólucro resplandecente que é o teu corpo. E palavras não bastam para descrever tudo o que podes ser, todo o oceano de possibilidades que significa o teu potêncial. Magnificência divina, luz, sombra e matéria. Esplendôr. Mas tú és ùnica. E afinal que mais importa acima disso? Não sei.

A mim, servidor do divino integral, cavaleiro da harmonia na ordem de uma flor de liz, apenas me importa o serviço à luz, do amor. Para mim, nada mais importa , nada mais desejo, além da escolha que hoje faço em nome da causa. E durante todo o tempo que a viagem me requer, juro por honra de meu nome , empunhar a missão com todo o meu poder, alma e glória. Assim entrego a vida que sou , abro o peito e invoco meu coração, cofre do diamante interior que à tua alma ofereço. Como símbolo da união que pretendo construir contigo, e da escolha que faço em ser teu.

Posso não saber quem sou. E por este motivo não digo quem te ofereço. Mas sei o que quero. Escolho a tua alma como portadora da fonte de conhecimento que anseio beber. Fonte da eterna alquimia. Da mesma maneira aprendo quem és e dou-te de beber. Fazemos assim o amor sagrado, através da união dos fragmentos que nos constituem. Recriamos um ser unico e uno. Pulsam nossas vidas em uníssono, como melodia revibrante da harmonia no absoluto da eternidade cósmica. Quero ser.

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